segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

D. Maria Pia de Saxe-Coburgo-Gotha e Bragança


D. Maria Pia de Saxe-Coburgo-Gotha e Bragança


Que relação tem esta senhora com a história de Portugal?

Quem foi esta dama? Sua Alteza Real (S.A.R) ou... uma impostora?


D. Maria Pia de Saxe-Coburgo-Gotha e Bragança nasceu numa das épocas mais conturbadas da História de Portugal (n. 13 de Março de 1907 - m. 6 de Maio de 1995) e surgiu, subitamente, no mundo político português, logo após a morte do último rei de Portugal, como sendo filha do rei D. Carlos I de Portugal com D. Maria Amélia Laredó e Murça - como tal, meia-irmã de D. Manuel II e sua herdeira política.

Durante toda a sua vida, a mesma senhora frequentou os mais elevados círculos aristocráticos nacionais e internacionais, viveu amores e desamores, e, no entanto, um só simples relato da sua existência já bastaria para se poder apresentar ao Mundo um apaixonante e heróico romance sobre a sua vida.
Com o seu manifesto desassombro, o seu entusiasmo romântico, o gosto pela escrita e pela ribalta, atravessou meio século da vida portuguesa perturbando a Causa Monárquica, apoiando o general Humberto Delgado, frequentando as cortes reais europeias, e escandalizando e litigando contra D. Duarte Pio de Bragança, o então chamado «senhor de Santar» e pretendente ao trono pelo ramo Miguelista.

"A Quinta ou Palácio de Santar, mais conhecida por "Casa das Fidalgas" era propriedade do meu primo Pedro Brum da Silveira Pinto da Fonseca que nasceu a 16 de Novembro de 1902 e faleceu solteiro a 11 de Janeiro de 1978. [...] que deixou depois em testamento ao senhor D. Duarte, Duque de Bragança."

Nota 2: Neste trabalho D. Duarte Pio é referenciado como "de Bragança" já que tal designação não é um título mas denota um elo consaguíneo. Uma coisa é ser "de Bragança, laço familiar", outra coisa é ser, por exemplo, "Conde de Bragança". Não é possível negar a D. Duarte Pio de Bragança ser um membro da numerosa família da Casa de Bragança, por muito que possa ser disputada a sua ascendência, e legitimidade como pretendente ao trono português e ao título de Duque de Bragança.

Para os monárquicos constitucionalistas, esta senhora representou a muito desejada Rainha D. Maria III de Portugal. Para os amantes da literarura, D. Maria Pia de Bragança preferiu dar a conhecer-se sob o pseudónimo literário de Hilda de Toledano.

Faleceu em Verona, a cidade de Romeu e Julieta, e repousa agora no Cemitério Monumental dessa mesma cidade italiana. A todos quantos a conheceram, a senhora apresentou-se como sendo «Sua Alteza Real, Dona Maria Pia de Saxe-Coburgo-Gotha e Bragança, Princesa Real de Portugal e legítima Duquesa de Bragança».

Ficou conhecida como a Princesa Vermelha, a Infanta Encoberta, ou "A menina quase-tudo", mas soube entrar, sem sombra de dúvida, com uma admirável realeza na História de Portugal.

Nenhum comentário:

Postar um comentário