quinta-feira, 12 de maio de 2011

CÓRSEGA, BELEZA INDOMÁVEL


A “montanha no mar”, como lhe chamou Maupassant, é feita de picos rochosos muitas vezes nevados, rodeados por um mar morno e transparente. Mas os clichés da ilha-paraíso não lhe servem: moldada por ventos e marés, a Córsega possui um carácter forte e indomável - e os seus habitantes também.

O assalto aos sentidos começa mal se põe o pé em terra; misturados com a maresia chegam-nos perfumes resinosos de mato e flores açucaradas. Junto à costa, o mar é baixo e alterna azuis-turquesa com verdes-menta, debruados pela tira branca da areia. O sol quente aviva as cores e faz apetecer passeios pela sombra e banhos de mar. Oliveiras e medronheiros cobrem as encostas de verdes secos e sombras apetecíveis. Generosamente, a Córsega oferece tudo isso e algo mais: montanhas nevadas por onde descem riachos gélidos, que nos fazem esquecer o Mediterrâneo.


Zonza, Córsega
O seu interior é percorrido por estradinhas sinuosas e estreitas, que rodopiam entre florestas e cabeços rochosos, alguns encimados por taffoni, arcos de pedra perfurados pela erosão. Vales glaciários abrem-se na rocha nua, com aglomerados de casas cinzentas e o inevitável campanário aguçado no centro, a marcar a presença humana: a aldeia de Zonza e seus monumentais pitões de granito cinzento, conhecidos por Agulhas de Bavella, são a imagem mais conhecida da montanha corsa. Vales como o de Asco ou Spelunca estão muito longe daquilo que as similares palavras portuguesas poderiam sugerir e, nas gargantas da Restonica, o percurso pedestre até aos lagos de Melo e Capitello é um encontro com a beleza selvagem da ilha, só comparável com a ascensão aos 2.706 metros do monte Cinto, o seu ponto mais alto.

Também na costa existem lugares notáveis pela sua beleza em estado puro: o balão azul-turquesa da baía de Rondinara e o Parque Natural de Scandola - este último considerado Património Mundial da Humanidade - possuem, como poucos, o encanto bravio da costa mediterrânica. Não muito longe, ficam as Calanches de Piana, também protegidas pela UNESCO, que ninguém descreve melhor que Guy de Maupassant, em “Une Vie”: “(...) uma floresta, uma verdadeira floresta de granito púrpura. Eram picos, colunas, pequenas torres de campanário, figuras surpreendentes, modeladas pelo tempo, o vento corrosivo e a bruma do mar. Altos até aos trezentos metros, finos, redondos, torcidos, recurvados, disformes, imprevistos, fantásticos, estes surpreendentes rochedos pareciam árvores, plantas, bichos, monumentos, homens, monges de hábito, diabos cornudos, pássaros desmesurados, todo um povo monstruoso, uma exibição de pesadelo petrificada pelo desejo de um qualquer deus extravagante ...”. E ali ao pé fica o golfo azul de Porto, onde as calanche se reflectem, varridas ferozmente pela tramuntana e pelo libeccio.

A prodigalidade da natureza não se fica pelo relevo: a vegetação da ilha é constituída por cerca de duas mil espécies, das quais quase oitenta são endémicas; da fauna também faz parte uma vintena de mamíferos selvagens, entre os quais o muflão (u muvrone), que se tornou o emblema da montanha corsa, altiva e rebelde. Claro que quem percorre as florestas interiores, a pé ou de automóvel, encontra mais facilmente rebanhos de cabras e ovelhas ou varas de porcos, numa vagabundagem inédita nestes tempos de CEE. De vez em quando pára um carro, e aparece alguém com milho para distribuir; é que, embora não pareça, os animais têm dono, mas aqui acredita-se seriamente nas vantagens desta criação assilvestrada, que permite o cruzamento com javalis e uma alimentação mais natural. São famosos os enchidos de javali, mas nada chega à excelência do brocciu, aquele queijo de ovelha ou cabra de perfume explosivo (quem não leu “Astérix na Córsega”?), ou às magníficas castanhas, que invadiram o gosto da cerveja e dos crepes; ao mel silvestre, ou ao azeite. Bela e farta, a ilha incita aos prazeres da mesa e ao lazer.

Habitada desde há muito, ao percorrê-la, espanta a ausência de gente. Metade dos seus cerca de duzentos e cinquenta mil habitantes vivem em Ajaccio e Bastia. No interior, as povoações têm um aspecto austero e quase abandonado, mas cada capu (monte) ou lavu (lago) tem o seu nome próprio. Na costa, o turismo instalou-se como primeira fonte de rendimento e sobram as marinas, hotéis, aldeamentos, e cafés mundanos. Mas também na arquitectura a Córsega misturou estilos, filtrou e criou um estilo “corso” com referências históricas incontornáveis.

Pernil de Carneiro ao Vinho


Ingredientes

01 pernil grande de carneiro (aprox. 3kg)
10 folhas de manjericão
1 ramo de alecrim
1/2 noz moscada ralada

1 cabeça de alho
1 colheres de sopa de sal
1 copo de vinagre de maçã
1 copo de suco de laranja
2 cebolas

Uvas sem caroços (aprox. 100g)
500 ml de vinho tinto seco
100 gramas de margarina
Pimenta calabresa a gosto
Modo de preparo
Pegue o pernil limpo, sem a glândula e fure com um garfo para absorver melhor o tempero.

Tempere com alho, sal, manjericão, alecrim, noz moscada, vinagre de maçã e um copo de suco de laranja e deixe marinar por 12 horas.

Em uma panela larga refogue o pernil com a margarina e a cebola picada em fogo baixo cuidando para não grudar. Quando estiver secando acrescente o vinho, as uvas e a pimenta e deixe reduzir.

Quando o molho estiver encorpado acerte o sal, retire o pernil da panela e leve ao forno para assar enrolado em papel alumínio por aproximadamente 90 minutos.

Retire do forno e regue com o molho de vinho batido no liquidificador (junto com as uvas e a cebola).

Decore e sirva!



Bom Apetite!

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Tapas - aspargos e ramon iberico


Ingredientes:

10 pontas de aspargos (o número vai de acordo com a quantidade de "tapas" a serem servidas)
80g de ricota (ou queijo fresco de cabra)
3 colheres de sopa de azeite de oliva e o suficiente para grelhar os pães
3 fatias de presunto de parma
Salsa e Cebolinhas picados
Alho picado
Pão estilo baguete, partido na espessura de cerca de 1 cm de largura (recomendo os de milho, aveia, papoula etc, que dão um charme ao prato)
Sal e pimenta do reino moídos na hora Preparação:


Cortar as pontas dos aspargos já cozidos e guardar os talos para preparar alguma outra receita.
Colocar a ricota num bowl com o azeite, salsa, cebolinha, sal e pimenta. Amassar tudo até obter uma mistura homogênea.
Numa frigideira, dourar o alho em azeite e colocar os pães para dourar dos dois lados.
Quando sair do fogo, colocar uma colher do creme de ricota por cima. Envolver cada ponta de aspargos com um pedaço do presunto de parma e colocar uma em cima de cada pãozinho.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

O PROFETA (Drama)


Sinopse
Malik El Djebena (Tahar Rahim), um homem meio árabe e meio córsico, foi condenado a seis anos de prisão. De aparência frágil e com apenas 19 anos, ele chega à penitenciária sozinho. Logo recebe uma série de missões a serem cumpridas, ordenadas por César Luciani (Niels Arestup), o líder da facção dos córsicos. Aos poucos conquista a confiança de todos, a qual usa para pôr em ação seu plano.