segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Computação nas nuvens


O conceito de computação em nuvem (em inglês, cloud computing) refere-se à utilização da memória e das capacidades de armazenamento e cálculo de computadores e servidores compartilhados e interligados por meio da Internet, seguindo o princípio da computação em grade.

O armazenamento de dados é feito em serviços que poderão ser apagados de qualquer lugar do mundo,, a qualquer hora, não havendo necessidade de instalação de programas x ou de armazenar dados. O acesso a programas, serviços e arquivos é remoto, através da Internet - daí a alusão à nuvem. O uso desse modelo (ambiente) é mais viável do que o uso de unidades físicas.

Num sistema operacional disponível na Internet, a partir de qualquer computador e em qualquer lugar, pode-se ter acesso a informações, arquivos e programas num sistema único, independente de plataforma. O requisito mínimo é um computador compatível com os recursos disponíveis na Internet. O PC torna-se apenas um chip ligado à Internet -- a "grande nuvem" de computadores -- sendo necessários somente os dispositivos de entrada (teclado, mouse) e saída (monitor).

Empresas como Google, IBM e Microsoft foram as primeiras a iniciar uma grande ofensiva nessa "nuvem de informação" (information cloud), que especialistas consideram uma "nova fronteira da era digital". Aos poucos, essa tecnologia vai deixando de ser utilizada apenas em laboratórios para ingressar nas empresas e, em breve, em computadores domésticos.

O primeiro serviço na Internet a oferecer um ambiente operacional para os usuários -- antigamente, disponível no endereço www.webos.org -- foi criado por um estudante sueco, Fredrik Malmer, utilizando as linguagens XHTML e Javascript. Atualmente, o termo AJAX é adotado para definir a utilização dessas duas linguagens na criação de serviços na Internet.

Em 1999, foi criada nos EUA a empresa WebOS Inc., que comprou os direitos do sistema de Fredrik e licenciou uma série de tecnologias desenvolvidas nas universidades do Texas, Califórnia e Duke. O objetivo inicial era criar um ambiente operacional completo, inclusive com API para o desenvolvimento de outros aplicativos.

O Google embarcou na cloud computing em 2002, com softwares de edição de textos, planilhas eletrônicas, correio eletrônico e agendas, todos desenvolvidos para que fossem usados online, sem a necessidade de fazer o download para o computador.

Vantagens
A maior vantagem da computação em nuvem é a possibilidade de utilizar softwares sem que estes estejam instalados no computador. Mas há outras vantagens: [4]

Na maioria das vezes o usuário não precisa se preocupar com o sistema operacional e hardware que está usando em seu computador pessoal, podendo acessar seus dados na "nuvem computacional" independentemente disso;
O trabalho corporativo e o compartilhamento de arquivos se tornam mais fáceis, uma vez que todas as informações se encontram no mesmo "lugar", ou seja, na "nuvem computacional";
O usuário tem um melhor controle de gastos ao usar aplicativos, pois a maioria dos sistemas de computação em nuvem fornece aplicações gratuitamente e, quando não gratuitas, são pagas somente pelo tempo de utilização dos recursos. Não é necessário pagar por uma licença integral de uso de software;
A infraestrutura necessária para uma solução de cloud computing é bem mais enxuta do que uma solução tradicional de hosting ou collocation, consumindo menos energia, refrigeração e espaço físico e consequentemente contribuindo para preservação e uso racional dos recursos naturais.
De uma maneira geral, serviço de plataforma é uma evolução da terceirização na área de TI. A maioria das empresas não tem como atividade principal a gestão de TI, de forma que se mostra coerente a contratação de uma plataforma externa robusta para apoiar processos como gestão empresarial, pagamentos e recebimentos, banco de dados, desenvolvimento de produtos (como renderização de vídeos, CAD, etc.), apoio a serviços (BI, processamento de dados, etc.) e demais. Nesse caso, TI passa a ser efetivamente uma ferramenta de suporte ao negócio, ou seja, o foco do cliente é a informação e não a forma como ela é mantida e processada.
Mesmo para as organizações de TI, há vantagens. “As organizações de TI gastam hoje 80% de seu tempo com a manutenção de sistemas, e não é seu objetivo de negócio manter dados e aplicativos em operação. É dinheiro jogado fora, o que é inaceitável nos dias de hoje”, defende Clifton Ashley, diretor do Google para a América Latina [5].
É uma grande tendência de mercado, principalmente pelo controle de custos, pois atualmente em grande parte das empresas não se sabe quanto se gasta com TI, nem quanto poderia ser economizado. Tomando por exemplo uma empresa de marketing: a produção de animações 3D e efeitos especiais exige uma grande quantidade de processamento computacional. Normalmente isto é realizado dentro das limitações da estação de trabalho do próprio artista, consumindo muitas horas ou até mesmo dias, diminuindo a produtividade e estendendo o cronograma do projeto. A utilização da computação em nuvem permitiria a realização do mesmo trabalho em um espaço de tempo drasticamente reduzido (poucas horas ou minutos) sem grandes investimentos em uma plataforma de processamento compatível com o trabalho. O custo é proporcional ao tempo de utilização do serviço ou corresponde ao custo de uma assinatura.

Dúvidas
Arquitetura em nuvem é muito mais que apenas um conjunto (embora massivo) de servidores interligados. Requer uma infraestrutura de gerenciamento desse grande fluxo de dados que, incluindo funções para aprovisionamento e compartilhamento de recursos computacionais, equilíbrio dinâmico do workload e monitoração do desempenho.

Embora a novidade venha ganhando espaço, ainda é cedo para dizer se dará certo ou não. Os arquivos são guardados na web e os programas colocados na nuvem computacional - e não nos computadores em si - são gratuitos e acessíveis de qualquer lugar. Mas a idéia de que 'tudo é de todos e ninguém é de ninguém' nem sempre é algo bem visto.

O fator mais crítico é a segurança, considerando que os dados ficam “online” o tempo todo.

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