segunda-feira, 26 de julho de 2010

Os amores de Picasso


Quando terminou Os Amores de Picasso, eu pensei: ”o que fizeram com ele?” Ele é Pablo Picasso (1881-1983), artista espanhol cuja atividade principal foi pintar, mas que também produziu uma quantidade razoável de objetos de cerâmica e escultoras. Conhecido como um dos maiores artistas do século XX, co-criador do Cubismo, se tornou uma lenda também por sua personalidade: expansivo, boêmio, carismático, agressivo, divertido, explosivo, com um altíssimo poder de persuasão, o que o levou a ter mulheres e merchands na palma da mão.

No filme rodado nos Estados Unidos em 1996 sob a direção de James Ivory, no entanto, ele foi reduzido a um velho bufão, insensível e cruel; as suas musas que eram fotógrafas, bailarinas, intelectuais…. a mulheres frágeis e desequilibradas, afinal, um bufão não precisa de mulheres inteligentes nem interessantes, e seu trabalho fica lá, logo atrás da cortina de fundo, dando o ar da graça aqui e ali, durante breves instantes. Se você conhece um pouco da biografia dele até vai reconhecer alguns episódios importantes, mas possivelmente se perguntará o que poderia ter sido feito deles num filme que não os transformassem em passagens menores.

Uma nota importante é que o filme é contado sob a perspectiva de Françoise Gilot, interpretada por Natasha McElhone, 40 anos mais jovem que o pintor. Eles viveram juntos durante 10 anos, tiveram 2 filhos e ela foi, ao que parece, a única de suas mulheres que a deixou, após o que escreveu o livro Life With Picasso, um grande sucesso de vendas e até hoje considerado o principal testemunho do lado humano do artista.


Por fim, assista o filme para matar a curiosidade, mas não conte com ele como meio convincente para conhecer nem o artista nem o homem.

Título: Amores de Picasso (Surviving Picasso)

Ano: 1996

Direção: James Ivory

Elenco: Anthony Hopkins (Pablo Picasso), Natasha McElhone (Françoise Gilot), Juliane Morre (Dora Maar).

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